Um Sertão em sí...


" O centro do mundo é onde estão plantados os seus pés. O centro do mundo é o sertão. A periferia é o que está por fora. E não se engane não, profeta, ele não vira mar, ele vira mundo, mundo em espera. É o ponto equidistante entre o que se fala e o que se desconhece. É o ponto equidistante entre o espelho e o que não se reconhece" Micheliny Verunschk.


O Jalapão é um dos principais teatros do Sertão Brasileiro ao ganhar a atenção de eventos esportivos como o Rally dos Sertões, ao considerarem em vinte anos de edições anuais a necessidade de oferecer aos seus competidores a passagem pelo Jalapão como a etapa maratona mais decisiva.

Mas não só de esporte de aventura e turismo de aventura que se percebeu que esse sertão tem o seu valor na história de pioneiros e povos tradicionais de uma região desolada pela falta de infraestrutura e abençoada por ter uma biodiversidade intrigante.

Valeu o cenário cinematográfico para moldurar a saga de outros tempos, de sertanistas em busca de suas descobertas e defesas ideológicas... nos tempos de hoje em telas de cinemas em filme sobre os Irmãos Villas Bôas, entre outros contos brados retumbantes desse país.



Nesses rincões também assinam aqueles que vem a fronteira econômica como uma ameaça a sobrevivência de outras espécies, uma misto de chegada e partida nesse encontro de diferenças culturais. Nessa marcha, para o Oeste... ou Norte... as pessoas aplicaram seus fundamentos, uns defendendo gente, outros defendendo "bichos". Eis que se espelha... o Jalapão já não tem mais seus indígenas Acroás, e seus bichos estão esvaindo...
Villas Boas com os indígenas, José Hidasy com os bichos, na contra-marcha do Oeste.

O Jalapão... a próxima página na inquietante territorialização de suas fronteiras e frenesís... anima ainda pela busca dos descobrimentos... ainda que encobertos mas já avistados por expedicionários... pesquisantes, visitantes... 

Nessa imensidão ... o encontro consigo num silêncio absoluto num lugar, no inóspito da autobusca de seus próprios valores, como um grande ímã que espelha a busca da compreensão de sí mesmo.


Terapia Ambiental

Terapia Ambiental
"Pense como uma montanha". Arne Naess